segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Papisa Joana


A Papisa Joana teria sido a única mulher a governar a Igreja durante dois ou três anos.
Segundo um cronista do século XIII, Joana ocupou o cargo durante dois ou três anos, entre o Papa Leão IV e o Papa Bento III (anos de 850 e 1100).
A história possui várias versões. Segundo alguns relatos, Joana teria sido uma jovem oriental, talvez de Constantinopla, que se fez passar por homem para escapar à proibição de estudar, que pesava sobre as mulheres. Extremamente culta, possuía formação em filosofia e teologia.
Ao chegar a Roma, apresentou-se como um monge e surpreendeu os doutores da Igreja com sua sabedoria. Ela teria chegado ao papado após a morte do Papa Leão VIII, com o nome de João VIII. A mesma lenda conta que Joana tornou-se amante de um oficial da Guarda Suíça, e ficou grávida.

Outra versão - a de Martinho de Opava- afirma que ela teria nascido na cidade de Mainz, na Alemanha, filha de um casal inglês que estava morando ali na época. Adulta, conheceu um monge, por quem se apaixonou. Ambos foram para a Grécia, onde passaram três anos e depois mudaram-se para Roma. Para evitar o escândalo que aquela relação poderia causar, Joana decidiu vestir roupas masculinas e assim passar por um monge chamado Johannes Angelicus. Ela teria entrado no mosteiro de São Martinho.

Joana conseguiu ser nomeada cardeal, quando teria ficado conhecida como João, o Inglês. Segundo as fontes, no dia 17 de julho de 855, Leão IV faleceu. João, em virtude de sua notável inteligência, foi eleito Papa por unanimidade.

Apesar de ter sido fácil ocultar sua gravidez, devido às vestes folgadas dos Papas, terminou por sentir as dores do parto em meio a uma procissão numa rua estreita, entre o Coliseu de Roma e a Igreja de São Clemente, e deu à luz perante a multidão.

As versões também divergem sobre este ponto, mas todas coincidem em que a multidão reagiu com indignação por considerar que o trono de São Pedro havia sido profanado. Ela teria sido amarrada num cavalo e apedrejada até a morte.

Em outro relato, Joana teria morrido devido de complicações no parto, enquanto os cardeais se ajoelhavam, clamando: "Milagre, milagre!".
Durante muitos séculos a história da papisa Joana havia sido reputada pelo próprio clero como incontestável.
A papisa foi defendida por um historiador inglês chamado Alexandre Cook.
Uma das provas mais incontestáveis da existência de Joana está exatamente no decreto, publicado pela corte de Roma, que proibiu a sua colocação no catálogo dos papas.
Mais de um século antes de Mariano Scotus escrever os manuscritos que deixou a abadia de Fulde, diferentes autores tinham já narrado muitas versões sobre o pontificado da papisa. Porém, foi este sábio religioso que esclareceu todas as dúvidas e suas crônicas foram aceitas como autênticas pelos eruditos conscienciosos.
Os manuscritos autografados pelo religioso, os quais foram conservados na França, durante muitos séculos na biblioteca do Domo, contém realmente a história da papisa.
Eis a versão de Mariano Scotus sobre o nascimento da papisa: "Em princípios do nono século, Karl, o Grande, depois de ter subjugado os saxônios, empreendeu a conversão desses povos ao cristianismo e pediu à Inglaterra padres eruditos que o pudessem auxiliar nos seus projetos. No número de professores que passaram à Alemanha contava-se um padre inglês acompanhado de uma menina que, estando grávida, roubara à sua família para ocultar esse estado. Os dois amantes foram obrigados a interromper a sua viagem e a parar em Mayence, onde em breve a jovem inglesa deu à luz uma filha cujas aventuras deviam ocupar um dia os séculos futuros; essa criança era Joana..."
Mais um pouco sobre a historia dela: http://www.imagick.org.br/zbolemail/Bol07x02/BE02x4.html

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