sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O ÉPICO DE ATRAHASIS

Esta história épica estava preservada num tablete de mais de 1.200 linhas. O tablete em si provavelmente datava do século XVII a.C., mas a história que ele recontava remonta a séculos do período babilônico mais antigo.
A história, apresentada de uma perspectiva teológica dos babilônicos, contém muitos detalhes que são semelhantes aos relatos bíblicos da criação e do dilúvio.
No conto babilônico os deuses governavam a terra (cf. Gn 1.1). Eles fazem o homem do pó da terra misturado com sangue (cf. Gn 2.7; 3.19; Lv 17.11). Para tomar dos deuses inferiores a responsabilidade de cuidar da terra (cf. Gn 2.15). Quando os homens se multiplicam sobre a terra e se torna muito barulhento, um dilúvio é enviado (depois de uma série de pragas) para destruir a humanidade (cf. Gn 2.15). Um homem chamado Atrahasis, é avisado sobre o dilúvio e recebe ordens para construir um barco (cf. Gn 6.14). Ele constrói um barco e enche-o de comida, animais e pássaros. Por este meio ele é salvo enquanto o resto do mundo perece (cf. Gn 6.17-22). Muito do texto é destruído neste ponto, portanto não há registro da atracagem do barco. Contudo, como na conclusão do relato bíblico, a história termina com atrahasis oferecendo um sacrifício aos deuses e o deus principal aceitando a continuação da existência humana (cf. Gn 8.20-22)
Épico de Gilgamés
Foi publicado pela primeira vez na Europa em 1872.
Em toda a literatura mesopotâmica, o conto do dilúvio no tablete 11 representa a principal correlação com o texto bíblico.
Na história recontada aqui, Gilgamés é avisado sobre o dilúvio por Utnapishtim, um homem que ganhou a imortalidade, e como o Noé bíblico, também passou salvo pelas águas do dilúvio.
Em seu relato do dilúvio, ele diz que o deus criador Ea favoreceu-o avisando-o sobre o dilúvio e ordenando-lhe que construísse um barco (cf. Gn 6.13-17).
Neste barco ele levou sua família, tesouros e todas as criaturas vivas (cf. Gn 6.18-22; 7.1-16), escapando assim da tempestade enviada pelos céus que destruiu o restante da humanidade (cf. Gn 7.17-23).
De acordo com seus cálculos, a tempestade acabou no sétimo dia, e a terra seca apareceu no décimo segundo dia (cf. Gn 7.24) quando o barco veio repousar sobre o monte Nisir, no Curdistão (ao invés do bíblico monte Ararate, na Turquia).

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