Esse casamento representou grande importância dinástica, pondo em risco o governo da época, pois o poder político de Jesus passaria inevitavelmente a incomodar.
Este fato pode muito bem ser deduzido pelo tipo de morte sofrida por Jesus, pois a crucificação ocorria para quem fosse insurreto, no caso contra o governo, mas principalmente pela sua dinastia. Tanto assim, que Madalena, precisou fugir para não ser morta, indo se exilar na França.
No livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, dos autores Michael Baigent, Richard Leigh Henry Lincoln, o assunto Maria Madalena e seu casamento com Jesus aparece de forma enfática.
Se Jesus foi realmente casado com Madalena, poderia tal casamento ter servido a algum propósito?
Em outras palavras, poderia ele ter significado algo mais que um casamento convencional?
Poderia ter sido uma aliança dinástica de algum tipo, com repercussões e implicações políticas?
Em suma, poderia uma estirpe resultante desse casamento ter garantido o nome de “sangue real”?
Somente o casamento dos dois poderia explicar a presença de Madalena nas viagens de Jesus.
O papel desta mulher é singularmente ambíguo nos quatro Evangelhos e parece ter sido deliberadamente obscurecido(...) Na palestina do tempo de Jesus seria impossível que uma mulher não casada viajasse desacompanhada.
Mais impensadamente ainda seria viajar desacompanhada e junto com um mestre religioso e seu círculo. Várias tradições parecem ter tomado conhecimento deste fato potencialmente embaraçoso. Pretende-se em alguns casos que Madalena tenha sido casada com um dos discípulos de Jesus. Se este era o caso, entretanto, seu relacionamento especial com Jesus e sua proximidade a ele os teriam tornado ambos sujeitos a suspeitas, se não acusações de adultério.
...é evidente que Madalena, no final da carreira de Jesus, tinha se tornando um personagem de imensa importância. Nos três Evangelhos sinópticos, seu nome encabeça consideravelmente a lista mulheres que seguiam Jesus (...) Ela é a primeira testemunha da tumba vazia após a crucificação. Para revelar a ressurreição, Jesus escolheu Madalena entre todos os seus devotos.
Se por um lado os discípulos masculinos ficaram escondidos, com medo, quando da crucificação de Jesus, Maria Madalena se manteve presente, assistindo, sofrendo, o tempo todo, conforme mencionado nos Evangelhos de Mateus, Marcos e João.
À luz dos manuscritos Nag Hammadi, a possibilidade de uma linhagem sanguínea descendente de Jesus nos pareceu mais plausível. Alguns dos chamados Evangelhos Gnósticos eram potencialmente tão verdadeiros e autênticos quanto os livros do Novo Testamento. Como conseqüência, os fatos que eles, explícita ou implicitamente, testemunham – um substituto na cruz, uma disputa entre Pedro e Madalena, um casamento entre Madalena e Jesus, o nascimento de um “filho do Filho do homem” – não poderiam ser desprezados, por mais controvertidos que fossem. Estávamos lidando com história, não com teologia. E a história, no tempo de Jesus, não era menos complexa, multifacetada e orientada para o pragmatismo do que é hoje.
Inegável se apresenta a ligação especial de Jesus com Maria Madalena. No tempo em que vivemos não cabe mais falar em Madalena como prostituta.
No século VI, o Papa retirou o título de penitente dado indevidamente à Maria Madalena, mas isso é pouco para resgatar a grande importância de Madalena no advento de Cristianismo. Além do indevido título de prostituta, tentaram destruir o Evangelho de Madalena, pois nele continha o importante ensinamento transmitido por Jesus de que o caminho não está em seguir esta ou aquela estrada, quiçá esta ou aquela religião, mas na busca interior, na evolução interior a caminho do Deus que habita em todos nós. Mais que rotular indevidamente Madalena, sucumbiram o verdadeiro Cristianismo, aquele praticado por Jesus, que não criou nenhuma religião, nem pregava ou vivia em igrejas, mas praticava, verdadeiramente, o mais puro amor, a mais bela espiritualidade.
Se não há prova contundente de que Maria Madalena fora casada com Jesus, certo é que ambos estiveram ligados por um amor especial, espiritual raro.
Seja lá o que o homem do passado, a Igreja e as religiões tenham escondido sobre a personagem Maria Madalena, a sua importância na implantação do Cristianismo foi extremamente vital, ela veio para ajudar Jesus e sua ligação com o Mestre dos Mestres está condignamente reconhecida naturalmente nas esferas espirituais.
Aqui na Terra, os artistas do passado conservaram, esconderam (mostrando) a verdade e no tempo em que vivemos, no alvorecer da Nova Era, a verdade se abre, desfralda o seu leque, deixando em letras garrafais a inegável verdade. Já não é apenas questão de ter olhos para ver, trata-se de evidências tão incontestáveis que a verdade está se impondo a todos, queiramos ou não.
____________
Livros e revistas pesquisados e citados:
1) Brown, Dan, O Código Da Vinci. Editora Sextante. Rio de Janeiro.2004.
2) Starbird, Margaret. Maria Madalena e o Santo Graal. Editora Sextante. Rio de Janeiro. 2004
3) Baigente, Michael; Leigh, Ricahard; Lincoln, Henry. O Santo Graal e Linhagem Sagrada. 2 ed. Editora Nova Froteira. Rio de Janeiro. 1993.
4) Varela, Marisa. A Gruta do Sol.8 ed. Editora Missão Orion. Rio de Janeiro. 1996.
5) Revista Super Interessante: O Código Da Vinci. Edição 205. Outubro 2004.
6) Revista Super Interessante: Jesus Proibido. Edição 207. Dezembro 2004.
7) Evangelhos apócrifos segundo Maria Madalena, segundo Tomé e segundo Felipe.
______________
Luz, paz, amor e verdade.
Abraços fraternos, Moacir Sader
____________
Livros e revistas pesquisados e citados:
1) Brown, Dan, O Código Da Vinci. Editora Sextante. Rio de Janeiro.2004.
2) Starbird, Margaret. Maria Madalena e o Santo Graal. Editora Sextante. Rio de Janeiro. 2004
3) Baigente, Michael; Leigh, Ricahard; Lincoln, Henry. O Santo Graal e Linhagem Sagrada. 2 ed. Editora Nova Froteira. Rio de Janeiro. 1993.
4) Varela, Marisa. A Gruta do Sol.8 ed. Editora Missão Orion. Rio de Janeiro. 1996.
5) Revista Super Interessante: O Código Da Vinci. Edição 205. Outubro 2004.
6) Revista Super Interessante: Jesus Proibido. Edição 207. Dezembro 2004.
7) Evangelhos apócrifos segundo Maria Madalena, segundo Tomé e segundo Felipe.
______________
Luz, paz, amor e verdade.
Abraços fraternos, Moacir Sader