Nas últimas décadas, diversos selos, impressões de selos, caixas de ossos e outros artefatos antigos têm vindo à luz —alguns deles em museus, alguns em coleções particulares e outros de escavações recentes. Essas preciosidades arqueológicas têm lançado mais luz sobre vários indivíduos e acontecimentos até há pouco só mencionados no texto bíblico.
O Anel de Hanan
De propriedade de um colecionador em Paris, este anel valioso é conhecido do mundo acadêmico desde 1984. A origem do selo é desconhecida, mas a forma das letras indica que foi usado durante o século VII A.C. O selo tem uma inscrição de três linhas, cada linha separada por duas linhas paralelas. O anel é quase de um décimo de polegada de diâmetro, sugerindo que foi feito para um dedo masculino. A inscrição lê: “Pertencente a Hanan, filho de Hilqiyahu, o sacerdote”.
Este Hilqiyahu é melhor conhecido como Hilkias, o sumo sacerdote durante o reinado de Josias, rei de Judá na última parte do sétimo século A.C. A terminação yahu é um elemento teofórico (divino), amiúde achado em nomes hebraicos antigos em Judá; os nomes no Reino do Norte levavam a terminação yah. Parece que este Hilqiyahu foi o mesmo sumo sacerdote que descobriu no templo o rolo da lei que desengatilhou uma reforma religiosa em Judá (ver II Reis 22; II Crônicas 34).
I Crônicas 6:13 e 9:11 indicam que Azarias, não Hanan, sucedeu a Hilkias. A explicação podia ser que Azarias sucedeu a seu pai como sumo sacerdote, enquanto seu irmão mais moço, Hanan, funcionava como sacerdote, justamente como a inscrição no selo sugere.
O nome de Azarias, todavia, aparece em outra bulla (impressão de um selo) achado em 1978, durante a escavação de Yigal Shiloh, na velha Jerusalém.2 A inscrição consiste em duas linhas de escrita separadas por duas linhas paralelas. Reza: “Pertencente a Azaryahu, filho de Hilkiyahu”. A impressão não menciona o título do dono.
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