Ressurreição em latim(resurrectione), grego(a·ná·sta·sis). Significa literalmente "levantar; erguer". Esta palavra é usada com freqüência nas Escrituras bíblicas, referindo à ressurreição dos mortos. No seio do povo hebreu, a palavra correlata designava diversos fenômenos que eram confundidos na mentalidade da época. O seu significado literal é voltar à vida, assim o ato de devolver uma pessoa considerada morta era chamada ressurreição; Existe a conotação escatológica adotada pela igreja católica para esse termo que é a ressurreição dos mortos no dia do juízo final.
Através dos séculos, os cristãos sempre confessaram o credo dos apóstolos: “Creio na ressurreição da carne”. Esta confissão de fé na ressurreição “carnal” dos crentes é fundamentada na fé da ressurreição do corpo de Cristo. Apesar da convicção inabalável da igreja histórica na ressurreição da carne, existem, em nossos dias, alguns que não aceitam esta doutrina. No passado, também houve aqueles que se apartaram dessa confissão, negando a realidade da ressurreição.
Qual é a importância de pregar que Jesus ascendeu ao céu com um corpo físico?
Que Ele venceu o poder da morte?
O testemunho dos apostolos
Desde o princípio, a igreja cristã confessou que o corpo físico de Jesus foi elevado ao céu. Esta convicção está baseada em várias referências explícitas do Novo Testamento e em vastas evidências tangíveis. O próprio Jesus disse que o corpo que Ele ressuscitou era de “carne e ossos” (Lc 24.39). Falando sobre a ressurreição de Cristo, Pedro insistiu neste assunto ao pregar que a “carne dele (Jesus) não viu a corrupção” (At 2.31). Escrevendo posteriormente sobre a ressurreição, João declarou que Jesus veio [e permaneceu] em carne” (1Jo 4.2. Cf. 2Jo 7). O corpo que emergiu da tumba na manhã pascal foi visto por aqueles que duvidaram (Mt 28.17), foi ouvido por Maria (Jo 20.15,16), e até mesmo abraçado pelos discípulos (Mt 28.9) em muitas ocasiões depois da ressurreição. Além disso, Jesus se alimentou pelo menos quatro vezes após sua ressurreição de antigamente (Lc 24.30; 24.42,43; Jo 21.12,13).
Justino Mártir (100-165 d.C.) disse claramente: “A ressurreição é a ressurreição da carne que morre”.
A importancia da ressurreição da carne, seria a de que se Jesus não ressuscitasse fisicamente, não haveria salvação (Rm 10.9), a ressurreição é o centro do evangelho pelo qual somos salvos (1Co 15.1-5). O apóstolo Paulo listou uma série de conseqüências relacionadas à negação da ressurreição física. Se Cristo não ressuscitasse, então: nossa fé seria inútil; nós ainda permaneceriamos em nossos pecados; os que dormiram em Cristo estariam perdidos; os apóstolos seriam falsas testemunhas; e seriamos os mais miseráveis de todos os homens (1Co 15.14-19). Além dessas conseqüências resultantes da negação literal (carnal) da ressurreição, há outros problemas teológicos cruciais.
Deus criou o universo material (Gn 1.1) e tudo o que criou “era muito bom” (v. 31). O pecado, porém, trouxe a morte (separação) e deteriorou a criação de Deus: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Além disso, por causa do pecado do homem “a criação ficou sujeita à vaidade [inutilidade] (Rm 8.20). Assim, a criação tem gemido e esperado pela libertação da servidão da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de Deus (Rm 8.21). Igualmente, nós, os crentes, “esperamos avidamente pela nossa adoção como filhos, a redenção de nossos corpos. Porque nesta esperança somos salvos” (Rm 8.23,24).
Considerando que a criação material de Deus caiu, ficou claro que, para que a redenção fosse efetivada, teria de restabelecer esta criação material. Os humanos pecam e morrem em corpos materiais e devem ser resgatados nos mesmos corpos físicos. Qualquer outro tipo de libertação seria uma admissão de derrota. Igualmente, por causa da queda do homem, a criação toda de Deus foi entregue à decadência para a recriação de um céu novo e uma nova terra (Ap 21.1-4). Se a redenção não restabelecer a criação física de Deus, incluindo nossos corpos materiais, então o propósito original de Deus, criando um mundo material, teria sido frustrado. Como o professor Robert Gundry habilmente considerou: “Qualquer coisa alheia a isso lança por terra o ensino de Paulo acerca do resgate do homem por meios físicos para o serviço eterno e adoração de Deus em uma criação restabelecida”. Assim, “desmaterializar a ressurreição, por quaisquer meios, é castrar a soberania de Deus em seu propósito criativo e graça redentora”.
Fonte: Wikipedia
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