sexta-feira, 22 de maio de 2009

Mulheres escribas

Devemos ressaltar que, a partir da época do rei Hammu-rabi de Babilônia (século XVIII a.C.), as mulheres passaram a ter acesso a essa profissão, como atestam os documentos provenientes de Mari e Sippar (Charpin, 1986, p.203). Um exemplo disso é uma carta escrita pela princesa Nin šata pada, filha do rei Sîn-kãšid de Uruk e sacerdotisa, na cidade de Durum, onde a nobre identificava-se como escriba (linha 16 no texto).
Depois de longas saudações, Nin šata pada implora ao rei Rïm-Sîn que a tenha em consideração e queixa-se do próprio estado físico [7] , do fato de que sua família tenha sido dispersa e de que ela mesma viva no exílio [8] , na condição de escrava, fora da cidade de Durum. Reproduzimos, abaixo, um trecho do documento (Hallo, In: Charpin e Joannès, 1991, p.380):"mínin-šà-ta-pà-da mídub-sarnin-dingir dmes-lam-ta-è-adumu-mí dEN.ZU-ka-ši-id lugal unuki-gagéme-zu na-ab-bé-a."Isso é o que Nin šata pada, a mulher escriba,sacerdotisa da divina Meslamtaea,filha de Sîn-kãšid, rei de Uruk,sua escrava, disse."

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