Os sacerdotes babilônicos faziam uma espécie de drama ritual para comemorar o Novo Ano na Mesopotâmia. Este ritual, também, iniciava o ciclo de renovação cerimonial e envolvia a recitação do Enuma elish, o mito da criação babilônico. Os sacerdotes também encenavam alguns dos pontos altos do mito, como a vitória de Marduk sobre o caos e como Marduk estabeleceu a ordem no universo.
Nos primeiros dias da cerimônia, Marduk era simbolicamente confinado no que os textos chamam "a Montanha". Por 3 dias, Marduk permanecia neste Mundo Subterrâneo, reino do caos e da morte. O termo "montanha" também se refere às torres dos templos (ou zigurates). É possível que esta parte da cerimônia estivesse ligada de alguma forma com o zigurate. No quarto dia, o Enuma elish era repetido, e esta ação, provavelmente acompanhada por outras, trazia Marduk de volta à vida e permitia-lhe emergir da Montanha, ou Mundo Subterrâneo. Vimos já como tais metáforas podem ser relacionadas com o nascer do Sol e o começo do Ano Novo."
A relevancia do conhecimento desta informação é de que, são semelhantes a momentos no novo testamento. Jesus tambem passou 3 dias morto e ressucitou.
Ao encenar este mito em termos de ritual num dos pontos de virada das estações do ano, os babilônicos reconheciam a natureza cíclica do mundo. O final de cada ano é, na realidade, uma nova entrada no tempo de antes da criação do mundo. O mundo anterior deve desaparecer antes de ser refabricado, e é por isso que Marduk é aprisionado e sacrificado na montanha.
Os babilônicos também perpetuaram o Casamento Sagrado dos Sumérios. Nele, o rei representava Tamuz e a alta sacerdotisa era Ishtar. A mensagem era a mesma: fertilidade em todos os níveis. A passagem do tempo cíclico significa o mesmo na Babilônia que para outros lugares do mundo: renovação - dos deuses, dos homens, da fertilidade da terra, do calendário e dos céus.
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