Massada, é um imponente planalto escarpado, situado no litoral sudoeste do Mar Morto, deserto da judeia. O local é uma fortaleza natural, com penhascos íngremes e terreno acidentado. Na parte leste, a face do penhasco se eleva 400 metros acima da planície circundante. O acesso só é possível através de uma difícil trilha que serpenteia pela montanha.
Flávio Josefo, o famoso historiador judeu do primeiro século, é a principal fonte de informação sobre a história de Massada.
Massada tornou-se uma fortaleza judaica durante o período dos hasmoneus (cerca de 150-76 a.C.). Mais tarde, o rei Herodes fez ampliações e reforçou suas defesas (37-31 a.C.).
De acordo com Josephus: “Neste topo da colina, Jonathan, o grande sacerdote, construiu uma fortaleza que denominou Massada: depois disso a reconstrução do local foi realizada em grande parte pelo rei Herodes”. (Guerra dos Judeus. Livro VII, capítulo VIII).
Herodes também construiu dois palácios com todo conforto e luxo da época: pisos de mosaicos, afrescos, colunatas e até uma piscina. Para garantir a auto-suficiência de seu refúgio no deserto, Herodes mandou plantar hortaliças e grãos na montanha, além de construir enormes cisternas escavadas na pedra para coletar água da chuva, com capacidade para mais de 40 milhões de litros. Suas despensas guardavam jarros de azeite, vinho, farinha e frutas. Herodes também tinha um estoque de armas suficiente para um exército de dez mil homens.
O rei Herodes tinha mantido Massada como um local para onde poderia se retirar em tempos de emergência. Sempre havia a possibilidade de que seu próprio povo se rebelasse contra ele
No ano de 66 d.C., um grupo de rebeldes entrou furtivamente na fortaleza de Massada e dizimou a guarnição romana aquartelada ali.
Quando os zelotes tomaram a fortaleza, encontraram um estoque de armas suficiente para equipar um exército de dez mil homens, bem como ferro, bronze e chumbo para o fabrico de armas e munição. Os celeiros estavam repletos de grãos, óleo, tâmaras e vinho, enquanto os férteis jardins podiam providenciar alimentos frescos e os canais escavados na pedra calcárea capturavam e conduziam a água da chuva para grandes reservatórios subterrâneos, com capacidade superior a 200 mil galões.
Durante os seis anos seguintes, os sicários de Massada demonstraram fervorosa devoção religiosa. Os romanos atacaram a fortaleza na montanha, no final de 72 d.C., a população judaica que ali vivia já somava 967 pessoas.
Quando o general Silva e a 10ª coorte chegaram à frente do penhasco calcário gigante de Massada — seu nome significa montanha firme —, os zelotes já estavam ocupando o reduto há sete anos.
Flávio Silva marchou em direção a Massada com a Décima Legião e uma tropa auxiliar de milhares de soldados.
O primeiro objetivo de Silva era impedir que os sicários escapassem. Para isso, construiu uma muralha de três quilômetros de extensão e quase dois metros de espessura, circundando toda a montanha.
Os acampamentos, fortificações e rampa para ataques a fortaleza que circundam o monumento constituem o mais completo conjunto de cerco romano a sobreviver até aos dias de hoje.
Resistiu dois anos ao cerco romano. Depois de Massada, não havia mais rebeldes para lutar.
Nossa única fonte histórica é representada pela obra de Flavius Josephus , “A Guerra dos Judeus”. Josephus era um judeu romanizado que escrevia para os romanos e queria, portanto, agradar a seu público.
Posteriormente, Massada foi sede de uma igreja bizantina nos séculos V e VI. Desde então ficou praticamente abandonada até ao século XX.
O local foi sede de intensas escavações arqueológicas, entre 1963 e 1965, realizadas por Ygal Yadin, com a colaboração de centenas de voluntários provenientes de Israel e do mundo todo.
O local foi sede de intensas escavações arqueológicas, entre 1963 e 1965, realizadas por Ygal Yadin, com a colaboração de centenas de voluntários provenientes de Israel e do mundo todo.
Massada fica junto à única praia do Mar Morto.
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