Olá, p todos!
Bem, estas imagens de Jesus com uma criança são bem mais antigas que o século X, porém, estariam fazendo referencias a imagens ainda mais antigas, existentes em a frescos de mosteiros e igrejas cristãs gregas primitivas.
Seriam indicios de que existia entre os primeiros cristãos, ao menos em grupos além dos gnósticos, que acreditavam que Jesus era casado e possuia filhos. A própria comunidade do evangelista João, acreditava que Jesus era casado, João registrou no seu evangelho que Jesus realizou ritos de matrimonio, - quando: encontrou a samaritana do poço da mesma forma que foram encontradas as esposas de Isac, Jacó e Moisés; quando realizou a cerimônia do hierogamos no jantar de Betania. - localizando assim que a crença no Jesus casado, viria desde o século I.
Porém, o grupo de cristãos que acreditavam que Jesus foi celibatario, foram "os vencedores na história", por tanto, contaram a história a sua maneira, ou seja, se tornaram com o tempo, politica e socialmentemente mais forte, impondo assim sua crença acima dos que acreditavam que Jesus foi casado. Mas, o grupo de cristãos que acreditavam que Jesus foi casado e teve filhos, não teriam desistido ao longo dos anos, promovendo assim uma especie de "movimento de resistencia" e deixando indicios de sua crença, registrados na arte e literatura.
Quando imagens retratam Maria segurando criança a interpretação é a representação de mãe e filho, quando quem carrega a criança é Jesus ai a interpretação é modificada bruscamente? Se compararmos estas imagens com dezenas de outras da mesma época, sendo que quem carrega uma criança é Maria, então o sentido de interpretação da cena é rapidamente identificada como retratação de mãe e filho.
A resposta da mudança na interpretação não está no fato de que ela seja mentirosa ou com sentido espiritual, mas sim que quem passou a interpreta-la foi o grupo de cristãos que acreditavam que Jesus era celibatario, ou seja, modificou-se o grupo, e a crença, modificou-se o sentido da interpretação.
Se estas imagens foram feitas por cristãos que acreditavam que Jesus tinha filhos e era casado, cristãos estes provavelmente da comunidade de João, então seria de supor que quem está deitada, seria a esposa de Jesus, ou seja, a mãe da criança, e originalmente seria a retratação do momento do parto, onde Jesus mostraria com alegria a chegada de seu primeiro filho, momento de grande júbilo para toda comunidade.
Imagens semelhantes ou versóes diferentes, mostram a mulher deitada com semblante feliz, ou ela sentada com mulheres próximas realizando cuidados diáios, tipo dando banho no bebê ao mesmo tempo que outra alimentando uma criança mais velha, uma menina, informando a existancia assim de duas crianças, uma mais velha e menina, e uma mais nova, um bebê masculino.
Na interpretação original e primitiva, todas Marias registradas na iconografia seria a Maria (que ungiu Jesus), sua esposa, e o momento em que ela estava "ascendendo", "morrendo", só que sentido de Status social, ou seja, uma mulher que sem filhos, gera filhos, passa a pertencer a outra categoria de mulheres na qual jamais poderar deixar de ser, a de mãe, a de matriarca, morre para uma condição (da de mulher sem filhos) e eleva-se para a condição máxima de uma mulher (para a sociedades do passado) a de matriarca.
Com o passar do tempo e o estabelecimento do grupo de cristãos romanos como principal, Maria esposa foi tranformada em Maria mãe de Jesus, pois para este grupo Jesus era celibatario, e para justificar a prensença constante de uma mulher importante ao lado de Jesus, então a transformaram na sua mãe e modificaram parte da interpretação, adaptando aos seus intereces para não contradizer suas pregações.
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