A palavra heresia (do grego hairesis, hairein, que significa escolher), para os escritores eclesiásticos o termo designava uma doutrina contrária aos princípios da fé oficialmente declarada.
Os séculos XII e XIII poderiam ser chamados de séculos heréticos.
As primeiras heresias caráter puramente filosófico e teológico que fazia especulação racional em torno dos princípios ou dogmas cristãos, em geral planos do pensamento que tratavam da Trindade, da natureza divina e humana de Cristo e da própria relação existente entre ambas, bem como de questões ligadas à essência da divindade.
As heresias medievais seriam uma tentativa de apontar os erros e os desvios da instituição eclesiástica, da sua intervenção no poder secular à custa de sua missão espiritual; enfim, uma tentativa de alertar a sociedade cristã de que os seus representantes desvirtuaram a verdadeira imagem da religião fundada por Cristo.
As vozes visavam a volta ao estilo de vida de Cristo e de seus primeiros discípulos, os Apóstolos, a humildade, a caridade dos primeiros tempos.
Á medida que aumentava o número de heresias e a sua influência, procurava-se aperfeiçoar os instrumentos mobilizados para combatê-las.
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