sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A samaritana em um labirinto

  
Moeris, no Egito, também foi um labirinto muito famoso, em 4.000 a-C.
 Na idade média, a Igreja oculta o sentido pagão do labirinto e lhe confere uma dimensão religiosa.
  A especificidade do labirinto não se resume em sua forma, nem em sua função religiosa ou militar quando segreda tesouros. Sua localização não é aleatória. Os labirintos de igrejas indicam, em sua maioria, pontos de convergência de forças telúricas.
 Antes de ser uma fantasia arquitetural, o labirinto é um símbolo poderoso; uma filosofia humana, além de uma figura original, geométrica, sagrada ou mágica. Sua existência material só constitui uma parte de sua história.  Sua solução encontra-se em uma aventura interna, com a condição de aceitá-la e entregar-se a ela.

Símbolo de proteção, caminho de iniciação, entrada para o mundo espiritual, o labirinto sempre teve múltiplos usos por parte das mais variadas culturas. O estudo dessa figura através da geometria sagrada permitiu descobrir a energia que o desenho guarda em seu interior. 

Na tradição da Cabala judaica, o labirinto é associado a Salomão e tem uma função mágica ligado ao percurso para atingir a Grande Obra. Por outro lado, o labirinto é uma representação do ser interior e do conhecimento esotérico, nos caminhos da renovação mística e da ressurreição espiritual. Este significado de transformação do eu e de evolução pessoal, em que o espírito vence a matéria, poderá também estar na base do labirinto desenhado por Leonardo da Vinci, em que o movimento espiral que conduz ao infinito representa tanto a renovação cíclica como o caminho sem fim e intemporal.

Um labirinto protegia o tesouro de Salomão.
 
Fonte
2 - Celuy Roberta H. Damasio
3 - Labirinto sagrado

Nenhum comentário: