quarta-feira, 25 de março de 2009

Asherah

Conforme Ruth Hestrin (1991, p. 50), Asherah é mencionada cerca de 40 vezes na Bíblia Hebraica, de três formas diferentes, ora como uma imagem que representa a própria Deusa, ora como uma árvore ou como um tronco de árvore, que a simbolizam.
O sítio arqueológico mais importante para o debate sobre Asherah talvez seja o de Kuntillet Ajrud, localizado no Sinai egípcio, perto da fronteira com Israel. O lugar parece ter sido uma espécie de "pit stop" de caravanas no deserto, e também ter abrigado um antigo santuário.
Inscrições e desenhos em fragmentos de cerâmica de Kuntillet Ajrud revelam frases, datadas em torno do ano 800 a.C., pedindo a benção de "Javé de Samaria [capital do reino israelita do norte] e sua Asherah" e "Javé de Teiman e sua Asherah".
Ribeiro, no entanto, diz acreditar que muitas dessas histórias de reforma foram projeções dos sacerdotes do Templo de Jerusalém, elaboradas na época depois do exílio. "A comunidade dos que voltam da Babilônia se organiza em torno do Templo de Jerusalém, sob a liderança dos sacerdotes e com o apoio do Império Persa [que dominou a região depois de vencer a Babilônia]. Então, toda ameaça a esse processo de centralização do poder sacerdotal foi combatida, de forma que só acabou sobrando o culto a Javé. Foi um acidente histórico, num momento crítico, que acabou se tornando a visão dominante."

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