sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O exorcismo de Maria Madalena


Quando Jesus exorciza os sete demônios da Madalena dos Evangelhos, algumas pessoas, como Lynn Picknett, vêem nisso uma referência secreta ao ritual esotérico de purificação dos sete chakras do corpo energético. Pode também ser uma referência aos ‘Sete Portais’ da descida de Innana, do mito sumério, ao mundo subterrâneo.


Fonte: Roger Woolger
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O retorno de Maria Madalena

Os textos Gnósticos recentemente descobertos The Nag Hammadi Library (A Biblioteca de Nag Hammadi) deixam mais claro do que nunca que Maria Madalena deve ter tido um papel proeminente, no círculo dos primeiros apóstolos, como a principal confidente de Jesus, chamada de seu koinomos, palavra grega que tecnicamente significa ‘consorte’ ou ‘companheira’, sugerindo uma relação sexual. E, da mesma forma que no rejeitado texto Gnóstico Pistis Sophia, ela se destaca como a principal intérprete da revelação de Jesus do cosmos da luz, ‘aquela que entendeu o Todo’. Aqui, como em outros casos, na figura de Santa Sofia – o feminino transcendente de muitos sistemas Gnósticos – ela repercute o papel sagrado da Sabedoria no Velho Testamento.


Os Evangelhos gnósticos rapidamente excluídos como heréticos pelos Padres da Igreja, em favor de um cânon que maximizasse o status da Virgem Maria (apesar do fato de que ela raramente seja mencionada nos quatro Evangelhos) e minimizasse o papel de Madalena, principal testemunha da Ressurreição, e também o papel da mulher em geral na Igreja.



Depois de ser suprimida, denegrida e perseguida por dois mil anos, a Grande Deusa finalmente retorna em toda sua beleza, sabedoria e glória – como Madalena – e eu gosto de pensar que em suas mãos ela carrega o Graal, que nos pode curar a todos.
Trechos do texto de Roger Woolger

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Heroína Celebrada



Uma das razões para a popularidade de Madalena é que atitudes feministas não estão mais restritas a intelectuais da Igreja, mas alcançam também as mulheres comuns – e não poucos homens. Assim, milhões de mulheres passaram a questionar a misoginia e o puritanismo de uma Igreja patriarcal que, há muito, tem marginalizado Madalena ou a transformado em bode expiatório, em função de sua flagrante sexualidade. De objeto de pia piedade, Madalena tem se transformado numa heroína feminista celebrada, um novo modelo para a mulher independente e apaixonada. Na verdade, as perspectivas históricas estão sendo revistas, pois como escreve Esther de Boer: “Descobrimos que, no curso da história, Maria Madalena sempre desfrutou de grande popularidade, mas o interesse estava muito mais em sua sexualidade do que em seus testemunhos…Ela atravessou a história, acima de tudo, como uma mulher atraente e muito pecadora, que, graças a Jesus, foi convertida e arrependeu-se”. Embora historiadores modernos da Igreja encarem o rótulo de “prostituta arrependida” como uma tática difamatória e uma interpretação distorcida dos Evangelhos, eles reconhecem o poder de suas imagens na base da consciência cristã.

Trechos do texto de Roger Woolger